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domingo, 28 de março de 2010

DOGUE BRASILEIRO


País de origem
Brasil
Padrão FCI
Grupo: 11 - raça não reconhecida pelo FCI
Seção: -
molossóide
Variedades
Todas as cores são aceitas
Dogue Brasileiro é uma raça de cão criada
especificamente para a guarda.
O Dogue brasileiro é uma das 10 raças
brasileiras conhecidas. As outras são o
Buldogue campeiro, Fila brasileiro, Ovelheiro
gaúcho, Terrier brasileiro, Veadeiro
pampeano, Rastreador Brasileiro, Podengo
Crioulo, Galgo da Campanha, Barbudo e sua
versão menor Barbudinho.
História
A partir de uma ninhada oriúnda do
cruzamento de um Bull terrier de seu plantel
com uma Boxer. Pedro Dantas, idealizador
da raça, veio a notar que os cães originados
deste cruzamento eram dotados de
excepcional coragem, determinação, força,
vigor e um temperamento excepcional no
que diz respeito a um cão de estimação e de
guarda.
Surpreso com as incríveis qualidades destes
cães, promoveu outras cruzas utilizando-se
das mesmas raças que originaram esta
primeira ninhada para averiguar se isto se
tratava de um acaso, ou de uma tendencia
deste tipo de cruzamento. Mais tarde, com o
amadurecimento destas novas ninhadas, foi
percebido que não se tratava de um acaso.
Tendo em vista que as enormes qualidades
atribuídas ao Boxer e ao Bull terrier
estavam se perdendo devido a uma falta de
seleção baseada na funcionalidade e
temperamento, percebeu a necessidade da
manutenção de um cão de guarda que
aliasse estes dois critérios, e, ao mesmo
tempo, o potencial que estes novos cães
possuíam para suprir esta necessidade.
Assim sendo iniciou o processo de seleção.
Nascia, então, o Dogue brasileiro
Aparência
Segundo o padrão pela CBKC, sobre o
aspecto geral: "cão de aspecto sólido,
maciço e não esgalgado, sem parecer, no
entanto, atarracado ou
desproporcionalmente pesado. Deve dar
impressão de agilidade e força, com
músculos muito fortes, longos e marcados,
dando a impressão de grande potência e
impulsão. Ossos fortes." Deve pesar entre
29 e 42 kg para os machos (sendo o
preferencial os 38 kg); e de 23 a 37 kg
(preferencial 31 kg)para as fêmeas. Sua
altura está compreendida entre 54 a 59 cm
(preferencialmente 57 cm) para os machos;
e de 50 a 57 cm (preferencialmente 55 cm)
para as fêmeas. São aceitas todas as cores. A
pelagem é curta e de fácil manutenção,
sendo pequena a troca de pelos.
Temperamento
O temperamento equilibrado é uma
característica notável nesta raça. Não são
desconfiados ao extremo como na maior
parte das raças de guarda, só vindo a agir
quando realmente necessário. Corajoso,
tenaz e com grande resistência a dor. Não é
um "cão de um dono só", o que significa
que na maior parte dos casos é altamente
apto à aceitação pacifica de estranhos a ele
que sejam amigos da família - até que seja
demonstrado que este estranho à
convivência não é desejável, ou que este
demonstre agressão para com membros da
família. Não apresenta muita dominância
para com os membros humanos da família,
mas pode ter problemas com outros cães do
mesmo sexo.
Títulos e testes
Afim de manter a raça sempre apta ao
trabalho na medida do possível, foi
priorizada a seleção de cães aptos à sua
função. Isto significa que o Dogue
brasileiro, para a participação em
campeonatos de conformação, deve ser
atestado na prova de apreciação de caráter.
São estes os títulos que um Dogue brasileiro
pode vir a obter:
1 - Provas da CBKC
1.1. Campeão: a do padrão CBKC
(coincidente com *A* ou *AA*).
1.2. Grande Campeão: a do padrão CBKC, ou
as mesmas para título *T*, *TT*, *G*, *GG*.
1.3. As provas devem ser confirmadas pela
estrutura conforme regras da CBKC.
2 - Provas do BBC:
2.1. *A* - Campeão em ataque. O cão deve
resistir ao toque com severidade máxima
com bastão após pegar luva ou bite suit.
No caso de luva, o cão deverá soltá-la após
o figurante largá-la em 3 segundos e
atacar o figurante, que poderá continuar a
provocação.
2.2. *AA* - A mesma que *A*. Só que deve
ser obtida antes do cão completar 10
meses.
2.3. *O* - Coincide com a parte de
obediência da prova de Grande Campeão
CBKC.
2.4. *OO* - A mesma que *O*, só que deve
ser obtida até os 10 meses incompletos.
2.5. *T* - Obter graduação em qualquer
tipo de prova a ser escolhida pelo
proprietário do cão entre Schutzhund,
KNPV, Ring Belga, Ring Francês, Agility,
conforme pontuação a ser decidida
posteriormente.
2.6. *TT* - A mesma que *T*, mas obtida
até 24 meses.
2.7. *G* - Obter pontuação a ser estipulada
no Ring Brasil. Já haver obtido *A* ou
*AA*.
2.8. *GG* - Obter pontuação a ser
estipulada no Ring Brasil até 24 meses não
inferior a do item inferior. Já haver obtido
*A* ou *AA*.
2.9. *X* - Ataque conjunto a bite com outro
cão do sexo oposto por 90 segundos sem
que ambos entrem em luta. Já haver obtido
*A* ou *AA*.
2.10. *XX* - O mesmo que *X*, mas obtido
após os 24 meses. O outro cão da parelha
não pode ter menos de 18 meses. Já haver
obtido *A* ou *AA*.
2.11. *M* - Ataque conjunto a bite com
outro cão do mesmo sexo por 90
segundos. Já haver obtido *A* ou *AA*.
2.12. *MM* - Ataque conjunto a bite com
cão do mesmo sexo por 90 segundos,
após 24 meses. O outro cão da parelha não
pode ter menos de 18 meses. Já haver
obtido *A* ou *AA*.
2.13. *E* - O cão para obter título de
campeão de estética precisa ser
homologado de acordo com pontuação a
ser definida de acordo com o padrão por
banca a ser formada.
2.14. *EE* - O cão para obter título de
campeão de estética precisa ser
homologado de acordo com pontuação a
ser definida, de acordo com o padrão.
2.15. *V* - Para o cão que repetir a prova
de campeão, *A* ou *AA*, apos 10 anos,
apenas com um pouco menos de pressão
no bastão, para respeitar a idade.
APRECIAÇÃO DE CARÁTER PARA APTIDÃO
AO TÍTULO DE CAMPEÃO EM OBEDIÊNCIA –
BBC (*O* ou *OO*)
1. O condutor caminhará com o cão a seu
lado, com uma guia, de no máximo 2,5
metros, e o cão deverá caminhar
normalmente a seu lado sem exercer
qualquer tensão na guia, por 40 segundos.
2. O condutor, num ato contínuo, caminhará
com mais velocidade, obrigando o animal a
trotar e mudará várias vezes de trajeto, por
mais quarenta segundos, sem que o cão
deixe de acompanhá-lo ou tencione a guia.
3. O condutor, verbalmente ou por mímica -
em só um comando, comandará para que o
cão permaneça imóvel, sentado e/ou
deitado, e se afastara até, no mínimo, 10
metros, mantando-se nessa posição por um
minuto, sem que o animal se desloque.
Durante esse tempo, pessoas estranhas
deverão, a distancia chamar o cão, que
deverá manter a posição. Após decorrido o
tempo de um minuto, sob autorização, o
condutor chamará o cão que deverá ir a seu
encontro.
RING-BRASIL – HABILITA O CÃO AOS
TÍTULOS DE GRANDE CAMPEÃO DA CBKC E
GRANDE CAMPEÃO DO BBC (*G* ou *GG*)
OBEDIÊNCIA:
1. O condutor entra com o canino no centro
do ring e o manda sentar, permanecer a seu
lado por 10 (dez) segundos, aguardando o
comando do árbitro para o próximo
exercício. Vale 5 (cinco) pontos. Se o cão
não obedecer de imediato ao primeiro
comando, perde-se 1 (um) ponto por
comando não-obedecido;
2. A seguir, o condutor caminha com o cão a
seu lado – tanto esquerdo, quanto direito –
dá uma volta no contorno do ring, voltando
novamente ao centro do ring, onde o
colocará novamente sentado. Vale 5 (cinco)
pontos. Se o cão se afastar do condutor e
este se obrigar a chamá-lo, perder-se-á 1
(um) ponto por chamada;
3. O condutor se afasta no mínimo 10 (dez)
metros do canino, que deverá permanecer
imóvel, e comanda à distância o comando
de deita. Vale 5 (cinco) pontos. Perde-se 1
(um) ponto por cada chamada não-
atendida;
4. Em seguida, um estranho, a ser designado
pelo árbitro, atira dois objetos (podem ser
duas bolas de tênis) em momentos diversos
em direções que não sejam a que está o
animal, e este não deverá sair do lugar. Vale
15 (quinze pontos). Se o cão não sair do
local no primeiro objeto, mas sair no
segundo perderá 14 (quatorze) pontos.
Caso saia já no primeiro, perderá todos
pontos.
PROTEÇÃO:
1. PSEUDO-ATAQUE: o cão contido com guia
de 2 (dois) a 3 (três) metros, preso por
peitoral ou coleira larga, é instigado contra
uma pessoa a escolha do árbitro, de
preferência que nunca tenha tido qualquer
tipo de contato com o animal, nem lhe faça
nenhuma provocação, nem esteja trajando
qualquer tipo de proteção ou segurando
qualquer objeto, e este, sob comando do
condutor, deverá ir de encontro daquela
com nítida intenção de atacá-la, precisando
ser contido pela guia. A pessoa deverá ficar
a aproximadamente 5 (cinco) metros do
cão. Vale 15 (quinze) pontos. Cada comando
verbal não-obedecido, perder-se-á 5 (cinco)
pontos. Ataque realizado antes do comando
verbal, perde-se 5 (cinco) pontos;
2. ATAQUE LANÇADO SIMPLES: o cão deverá
atacar sob comando o figurante a uma
distância de aproximadamente 20 (vinte
metros), sem que este lhe faça nenhuma
provocação. Vale 20 (vinte) pontos.
Mordidas somente no braço: perde-se 5
(cinco) pontos. Mordidas que se limitem por
todo o tempo somente com os incisivos do
cão: perde-se mais 5 (cinco) pontos. Caso o
cão não ataque no primeiro comando,
perde-se mais 5 (cinco) pontos. Ataque
realizado antes do comando: perde-se 5
(cinco) pontos. Caso o cão sacoleje
firmemente na mordida: ganha 5 (cinco)
pontos. Troca de pegada não desconta
pontos;
3. ATAQUE COM BASTÃO: o cão deverá atacar
sob ameaça o figurante munido de bastão
de schutzhund a ser usado vigorosamente,
a uma distância de 20 (vinte) metros. O
figurante dará um toque leve, seguido de
um toque médio e três toques fortes. Vale
25 (vinte e cinco) pontos. Mordidas que por
todo o tempo não sejam de boca cheia,
perde-se 5 (cinco) pontos. Caso o cão
abandone o ataque após o primeiro toque,
perde-se 24 (vinte e quatro) pontos. Caso o
cão abandone o ataque após o segundo
toque, perde-se 22 (vinte e dois) pontos.
Caso abandone o ataque entre o terceiro e o
quinto toque, perde-se 18 (dezoito) pontos.
Mordidas dadas exclusivamente no braço,
perde-se 5 (cinco) pontos. Se o cão mostrar
insegurança e depois morder, perde-se 5
(cinco) pontos. Caso o saldo seja negativo,
será contado como zerado, não diminuindo
os demais pontos obtidos. Caso o cão
sacoleje o figurante vigorosamente,
ganhará mais 5 (cinco) pontos, desde que
não tenha pegado sem firmeza, nem tenha
abandonado, em qualquer momento, o
ataque. Troca de pegada não desconta
pontos;
4. ATAQUE COM ACESSÓRIOS: o figurante
deverá exercer pressão psicológica sobre o
cão, de acordo com sua criatividade, usando
o acessório que for sorteado antes da
prova (chocalho, mangueira com água,
sirene, etc.). Vale 25 (vinte) pontos.
Mordidas só no braço, perde-se 5 (cinco)
pontos. Mordidas exclusivas com incisivos,
perde-se mais 5 (cinco) pontos. Se o cão
mostrar insegurança, mas depois morder,
perde-se 5 (cinco) pontos. Caso o cão
sacolejar firmemente o figurante, ganhará
mais 5 (cinco) pontos, desde que a mordida
seja firme,e não haja abandono do ataque.
Abandono do ataque: perde todos pontos
da prova específica. Troca de pegada não
desconta pontos. Não se poderá usar de
utensílios que lesem fisicamente de
qualquer forma o animal.
5. ANTIVENENO: com o cão parado, em
qualquer posição, preso a um ponto fixo,
uma pessoa que não o figurante, a ser
escolhida pelo árbitro, chegará
amistosamente e jogará 3 (três) petiscos de
sabores diferentes (fígado cozido, queijo,
galinha, etc.) a uma distância entre 3 (três) a
5 (cinco) metros. Vale 30 (trinta) pontos.
Caso o cão cheire, mas não coma nenhum
dos petiscos, perde 5 (cinco) pontos. Caso
coma qualquer um, perde a prova
específica.
Contagem dos pontos: a contagem dos
pontos se sucederá pela soma aritmética de
todas provas. Julgamento; as provas devem
ser filmadas em vídeo, e a imagem gravada
deve prevalecer no julgamento sobre o
parecer momentâneo do árbitro e dos
jurados. Caso não possa, por perda do
detalhe na imagem ou por defeito no
equipamento ou manipulação deste, haver
uma avaliação pós-prova, valerá a avaliação
dos jurados e do árbitro. Cabe, no caso de
dúvida, aos jurados consultarem o árbitro
de ring.
Pedigree
O Bullboxer club, clube especializado do
Dogue brasileiro certificado pela CBKC,
Possui um banco de dados com informação
de todos os cães desta raça. A expedição do
pedigree é feita mediante seu pedido e
após a verificação da ninhada, que é feita
pessoalmente por um avaliador. Não existe
ônus algum para o proprietário ou criador
que deseja certificar suas ninhadas. Assim
sendo, não existe motivo para um Dogue
brasileiro não ter pedigree. Se não o tem, o
único motivo por isto é o cão não ser um
Dogue brasileiro.
Saúde
Não foram relatadas doenças específicas da
raça ou doenças genéticas em larga escala. É
relativamente longeva, sendo que houve
vários indivíduos que ultrapassaram os 13
anos de idade. São indicadas as medidas
profiláticas como contra parasitas externos
e internos e doenças infecto-contagiosas
como parvovirose e cinomose.

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