Ainda como caçador, no período paleolítico,
o homem era acompanhado nas suas
andanças pelos continentes europeu e
asiático, e mesmo na viagem para a América
do Norte, por cães selvagens que se
alimentavam dos restos dos animais
caçados.
Tornando-se sedentário, necessitando
proteger as plantações e criações de
animais, principalmente ovelhas,
fornecedoras de carne e lã , o homem viu
no cão o vigia necessário e o domesticou.
No norte da Holanda e no Turquestão foram
encontrados esqueletos de cães e de uma
espécie domesticada de ovelha que teriam
vivido há 8000 anos, mostrando a estreita
relação entre os dois animais.
A continuidade ancestral do pastor alemão
atual pode ser comprovada pela semelhança
entre eles e fósseis de cães que teriam
vivido na Idade do Bronze e, na Alemanha,
entre os séculos XII e XIII.
Desenvolvendo a agricultura extensiva, sem
cercas, os alemães necessitavam de cães
que evitassem a invasão das culturas pelas
ovelhas. Para essa atividade foram criados
todas as famílias de cães pastores.
Assustadiças e debandando pelo simples
pânico de um só elemento, o pastoreio das
ovelhas exige um animal forte e com
movimentação desenvolta com o mínimo
gasto de energia.
O moderno cão pastor alemão teve sua
origem no cruzamento de cães usados no
pastoreio nas regiões alemãs de
Wüttemberg, da Turíngia, das duas Saxônias
e da Germânia meridional.
Em 1899 foi fundada a Verein für Deutsche
Schäferhunde (SV), hoje sediada em
Augsburg e possuindo mais de 100 000
sócios distribuídos por 19 sociedades
estaduais alemãs. O primeiro cão registrado
na SV foi Hektor Linksrein, mais conhecido
por Horand v. Grafrath, de propriedade do
capitão da cavalaria Max v. Stephanitz, uma
das maiores lideranças do programa de
unificação da raça. Horand deu origem ao
tronco genético responsável por tudo que
hoje existe do pastor alemão. A SV
influencia a criação pastoreira em todo o
mundo.
O pastor alemão é o cão que
provoca mais emoções no
público. Usado pelas forças
militares alemães nas duas
Grandes Guerras foi odiado
pelos aliados, proibido de
entrar em alguns países e
teve o nome trocado para
pastor alsaciano. Felizmente,
por suas atividades de
guarda, guia de cego, pastoreio, farejador,
companheiro, cão policial e estando
presente no salvamento em todas as
catástrofes que atingem a humanidade, o
pastor alemão mudou esta imagem. Hoje é a
única raça de cães que está entre os três
primeiros lugares em registros de filhotes
em quase todos os países com cinofilia
adiantada.
O standard da raça seguido no Brasil, o do
FCI, exige um cão harmonioso,
substancioso, nobre, expressão forte e
valente sem ser hostil. A foto abaixo é de
Leif v.d. Noriswand, um dos mais bonitos e
perfeitos pastores alemães da atualidade.
Deve ser um animal mais longo que alto,
numa proporção de 10:8.8. Mediano, com
altura, medida na cernelha, entre 55 a 60 cm
para as fêmeas e 60 a 65 cm para os
machos. Excetuando o branco, todas as
cores são permitidas. O cinza ferro, o cinza
com partes amarelas, o preto e o amarelo
com capa preta são as cores mais
encontradas, sendo aceita pequena mancha
branca no peito.
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